Vítimas de preconceito e maus tratos por conta de misticismos, os gatos têm ganhado a preferência dos tutores no Brasil. Segundo dados do Instituto Pet Brasil, a população de bichanos nos lares brasileiros cresceu 6%, superando a de cães que registrou um aumento de 4%. Esse aumento vem sendo registrado desde 2018.
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Para ajudar você a cuidar corretamente do seu bichano, a médica-veterinária e coordenadora de conteúdo da Petlove, Jade Petronilho, lista algumas ações que os tutores devem seguir para garantir a saúde dos animais:
– oferecer uma alimentação de qualidade, de preferência rações mais naturais;
– permitir que o gato expresse comportamentos típicos da espécie, adaptando o espaços internos da casa, se necessário (como proteger móveis e deixar livre prateleiras, arranhadores altos, esconderijos e brinquedos que simulem caça);
– promover o controle adequado de parasitas internos e externos por meio de vacinação e visitas regulares ao médico-veterinário, seguindo as orientações do profissional que acompanha o pet e evitando receitas caseiras;
– seguir corretamente o calendário de vacinação dos felinos, que inclui a vacina antirrábica anual, além da possibilidade de aplicar as vacinas tríplice (contra Panleucopenia, Rinotraqueíte e Calicivirose), quádrupla (Contra Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calicivirose e Clamidiose) e quíntupla (Contra Panleucopenia, Rinotraqueíte, Calicivirose, Clamidiose e Leucemia Viral), todas disponíveis no Brasil;
– evitar medicar o animal por contra própria;
– fazer checkups anuais nos pets.
Além disso, a médica-veterinária recomenda que os gatos vivam apenas dentro de caso, evitando o acesso à rua sem a supervisão do tutor e sem coleira peitoral. Isso porque na rua os bichanos ficam sujeitos a doenças, brigas com outros animais, envenenamento, acidentes e maus-tratos, em geral. O ideal é ter telas em janelas e portas de modo que eles não consigam fugir e que sejam castrados assim que o médico-veterinário liberar.
Como o estresse e o estilo de vida mais sedentário pode predispor os gatos a uma série de doenças, é importante estimulá-los de modo saudável, espalhar petiscos e ração pela casa para trabalhar os instintos do pet, por exemplo.
“Deixo aqui também um alerta para aqueles que têm muitos gatos: sei que os gatos são irresistíveis e praticamente viciantes, mas antes de levarmos mais um para nossas casas, precisamos pensar em como isso poderá impactar aqueles animais que já vivem conosco e já fazem parte das nossas famílias. Os gatos, diferentemente dos cães, não são seres que tendem a viver em grupos, especialmente com indivíduos que não fazem parte do seu núcleo familiar e de seu convívio habitual. Muitas vezes, ter um novo gatinho em casa pode ser uma grande alegria para os humanos, mas pode gerar resultados negativos para nossos pets que já estão devidamente adaptados”, alerta a especialista da Petlove.